Hoje fiquei enjoada! Fui aos CCT enviar uns livros. Descobri uma página no facebook de troca de livros usados. Já tenho pouco espaço para eles, então resolvi trocar aqueles que li e que acho que não vou voltar a ler. Há aqueles livros inesquecíveis que lemos mais do que uma vez, no meu caso os quatro de As Bruma da Avalon, os três de Os Jogos da Fome, A Saga Twilight (eu sei, mas é o meu guilty pleasure) alguns clássicos como Orgulho e Preconceito, O Monte dos Vendavais, Os Maias, O Conde de MonteCristo, Ana Karenina, D. Quixote, (estes últimos três ainda ando a ganhar coragem para ler) entre vários outros, e todos os livros de Virginia Andrews, Dan Brown, Miguel Sousa Tavares, Stieg Larsson, Gonçalo Cadilhe, José Rodrigues dos Santos.
Depois há aqueles livros que se lê uma vez e sabemos que não vamos reler. Resolvi então começar a troca-los. E vamos ver se a experiência é satisfatória. A nível de portes de envio é muito bom. Usando a taxa livro, fica à volta de um euro o envio. Mas fiquei a saber que é preciso mencionar "taxa livro", pelo menos duas vezes, na hora de enviar. Porque pelos vistos as senhoras da caixa não gostam muito de utilizar esta tarifa. Mas voltando ao cerne da questão, quando cheguei aos correios tinha uma fila de dez pessoas à minha frente. Dessas dez pessoas, nove foram levantar o rendimento mínimo. Nove. Nenhuma me pareceu doente. E, com excepção de um senhor, estavam todas na casa dos 30/40 anos. E todas tinham uma coisa em comum. Cabelo oleoso, amarrado com uma mola e roupa extremamente suja. Pelos vistos o dinheiro que lhes dão não chega para pagar a conta da água, mas chega para ir gastá-lo no café. Dá o S. Pedro chuvinha à malta e nem assim elas aproveitam. Se em vez de água, chovesse dinheiro a história era diferente. E, sim, eu sei que cada caso é um caso. Que há pessoas que de facto necessitam. Mas não consigo deixar de me sentir revoltada. A senhora que foi atendida antes de mim levou para casa mais de 500 euros. Eu vi 500 euros em notas de cinquenta e alguma notas mais pequenas. Eu tenho de trabalhar um mês inteiro para ganhar pouco mais do que isso. A descontar o que gasto em gasolina para ir trabalhar, ganho menos do que essa senhora que não mexe uma palha. E pouco me interessa a história dela. Nenhuma delas tinha aspecto de quem queria trabalhar. A badalhoquice não arranja emprego. E depois vêm roubar dinheiro a quem verga a mola. Neste país dá-se dinheiro a malandros e rouba-se ao trabalhadores. E podem vir falar em família problemáticas, em álcool, drogas, blá blá blá... que já nem quero saber. Este círculo vicioso não resolve os problemas, adia-os. E cada vez que vejo esta malta, só me apetece andar à estalada. Em sete anos que tenho de descontos (não de trabalho, mas de descontos) fui uma vez ao hospital. Para uma consulta de dez minutos, em que cinco foram à espera que o médico entrasse na sala, para me dizer o que eu já sabia, paguei vinte euros. Desconto cinquenta euros por mês para a segurança social, mais outro tanto que a entidade patronal desconta por mim e quando vou ao médico tenho de pagar. Para onde vai o dinheiro que desconto? Ahhhhhhh, vai para pagar as consultas da malta que, além de receber um ordenado sem fazer nenhum, não paga taxas moderadores. Bingo!
3 comentários:
Eu concordo com tudo o que escreves e sentes! E tenho uns 'cromos' para a troca!
Há uns tempos, também numa Estação de Correios, vi uns romenos ranhosos a levantar os subsídios que o nosso Estado lhes dá para eles fazerem NADA!!! E quando fazem é mendigar e/ou roubar! As criaturas nojentas receberam quase mil euros!!! Ai a vontade que eu tive de lhes pegar fogo, com o aspecto seboso que tinham, ardia facilmente!!!
E já agora, repara que a maioria dos tugas que recebe o RSI tem telemóveis de última geração! O meu telemóvel tem 5 anos e só trocarei quando ele se avariar!
Oh pá...isto enoja-me e acredita que não é dos cabelos oleosos! Cambada de malandros!!!!
Sempre tive muito pouca pena deste tipo de "pobres". Porque há pobres e pobres. Não consigo perceber a inércia desta gente. Gente que se presta à inutilidade. Agora quando cortam a quem trabalha e continuam a manter isto, já é falta de decência.
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