Decorria o ano de 2006. Recebi a brochura com o plano de uma viagem à Tunísia. País cujas únicas coisas que conhecia resumiam-se ao nome e ao local onde ficava. Norte de África, sendo que África ficava abaixo de Portugal :)
Resolvi ir por um simples factor que me deixou maravilhada: o deserto. A viagem consistia num percurso pelo interior sul do país. Entrar pelo deserto adentro, descer por entre dunas, ver oásis e ter miragens. Aceitar participar nesta aventura foi uma das decisões mais acertadas que tomei na vida. Passamos por Zarzis, Medenine, Gabes, Matmata, Chenini, Ksar, Ghilane, Zaafrane, Douz, Kebili, Tezour, Tattoine, Gafsa e claro, a Ilha de Djerba com o seu cheiro a enxofre. Foi na Tunísia que me apaixonei por África. Foi na Tunísia que descobri a sensação de entrar num deserto. Foi aí que me apaixonei perdidamente por viajar. Já tinha viajado antes, claro, mas nunca tinha saído da Europa. É fora da Europa que encontramos o desconhecido. O prazer de conhecer civilizações que em nada se parecem com a nossa. Não são melhores, nem piores. São diferentes. A nossa mente abre e os nossos horizontes alargam-se. Porque viajar é aprender. É conhecer as diferenças e, aceitando ou não, respeitá-las sempre. Viajar é perceber que há muito mais à nossa volta que a bolha onde vivemos.
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Ksar Ghilane |
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Aproximação de uma tempestade de areia. E nós bem ali no meio.
Parecia um filme. Foi alucinante. |
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A típica voltinha do Camelo que adorei e demonstrei ter muito jeito. |
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De como o deserto é estarrecedor ao pôr-do-sol.
E nós não passamos de um grão de areia . Esta é a minha foto preferida da viagem.
Não foi tirada por mim, porque eu estava num daqueles camelos, mas foi um momento memorável. |
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Outra das minhas fotos preferidas. |
4 comentários:
Parece ter sido incrível!
Foi muito bom :)
Por mais que tente, não consigo gostar do deserto. Gostos...
A sério? Eu adoro, adoro, adoro :)
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