domingo, 26 de junho de 2011

Desafiar a morte

Imagem roubada da net.
Todos ao anos as campanhas de sensibilização rodoviária repetem-se até a exaustão. Antes das Festas, antes das férias, antes dos fins de semana prolongados.E, todos os anos, são registados centenas de acidentes, feridos e mortos na estrada.A maioria dos acidentes deve-se ao excesso de velocidade.

O que é que passa pela cabeça de um jovem, com um mínimo de cultura, conduzir um automóvel descapotável a alta velocidade e sem cinto de segurança? O sentimento de imortalidade e a adrenalina de desafiar a morte?    O que sente uma mãe que tem o filho à beira da morte. O que sente uma família que enterra um filho, um irmão, um sobrinho...? Como fica quem , inocentemente, é apanhado por um irresponsável do género? Para quando a obrigatoriedade do uso da massa encefálica para pegar num volante?

3 comentários:

Soraia disse...

Não dá para entender... A malta acha-se imortal e que os acidentes só acontecem aos outros. Um carro é sempre uma arma letal, que fará viajar sem cinto de segurança e a grande velocidade... É muito triste que existam jovens (da nossa geração também) a pensar / actuar assim.

sara disse...

É verdade que muitas pessoas são inconsequentes e irresponsáveis, mas todos nós já cometemos erros na condução. Tudo bem, poderão não ser tão graves mas quantos de nós já não fizemos algo errado a saber que o fazíamos?

Quanto ao Angélico Vieira ia com cinto, não levava ponta de alcóol no sangue (e isto sei de fonte mais do que segura). Teve o azar de lhe rebentar um pneu quando ia numa auto-estrada. Nem que fosse a 120 espetava-se. Mas quantas vezes dou por mim numa auto-estrada a 140/50 sem contar...sei que possivelmente ele iria a uma velocidade muito superior mas o que eu quero dizer é...todos somos seres humanos...todos somo falíveis.

Cátia Gomes disse...

Sim, todos erramos, somos humanos e tal. Mas não podemos continuar desvalorizar esses erros.
Quando andamos na estrada e nos apetece carregar no pedal temos de pensar que não somos só nós que lá estamos. Um erro ou uma loucura pode ter consequências muito graves na vida de outras pessoas.

Relativamente ao Angélico, as causas do acidente ninguém sabe. E tudo o que vem nas revistas é sempre metade mentira. Mas que ele ia em excesso de velocidade acredito que sim. E entre tentar controlar um carro a 120 km/h e a 200 km/h há uma grande diferença. As regras existem, são para cumprir. Não estão escritas para chatear ninguém, estão escritas para proteger a vida das pessoas. E como condutor ele deveria ter a consciência que levava mais 3 pessoas no carro.
Isto da fama tem muito o que se lhe diga. É óbvio que morrem anónimos na estrada todos os dias, mas esses anónimos não andam com bombas de milhares de euros. E o certo é que se ele tivesse um carro como o meu não ia a velocidades malucas de certezinha.

Tenho pena dele, claro. E da família. E tenho pena das centenas de pessoas que morrem todos os dias na estrada. Foi mais uma vida que se perdeu. Mas tenho ainda mais pena que se continue a ignorar os apelos constantes de condução segura. E que se continue a pensar que só acontece aos outros.