quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A boa da pipoca

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Se há coisa que eu não suporto é estar à mesa com alguém que mastiga com a boca aberta. Detesto ver a comida ali a rebolar entre a língua e os dentes com saliva à mistura. Além disso, também não suporto pessoas que fazem barulho a comer. Detesto ouvir alguém a trincar sejam batatas fritas, uma maçã ou o roer de ossos (ou a carne que está entre eles). E, se há coisa que abomino é estar no cinema e ouvir alguém a mastigar pipocas. Eu gosto imenso de comer pipocas no cinema. E eu sei que a pipoca estaladiça faz algum barulho ao ser mastigada. Mas quando esse barulho supera o barulho do filme, não é normal. Ontem estava numa sala de cinema, ainda por cima das salas mais pequenas, e estava uma personagem, nos bancos do lado oposto ao meu e várias filas acima a mastigar furiosamente um balde de pipocas. Não, aquilo não era mastigar. Era ruminar. Da forma mais barulhenta que eu alguma vez ouvi. E eu que tenho um grande problema a abstrair-me destas situações, fiquei com uma urticária nervosa. Durante os primeiros 40 minutos de filme a personagem ruminou sem parar. E aquilo nunca mais acabava. Aquilo não era um balde de pipocas, era uma bacia. Como é que as pessoas que estavam perto dele conseguiram aguentar, quando eu, aos primeiros cinco minutos, se tanto, tive vontade de lhe espetar com o balde na cabeça?

2 comentários:

Mordax disse...

A maior parte das pessoas comporta-se em espaços públicos como se estivesse no estábulo... perdão, em casa...
PComo se isso não fsse suficiente, carregam tão orgulhosamente o estandarte do "status ruminantis" que não ruminam só pipocas e comestíveis, mas também o respeito pelos outros acaba remascado.

Cátia Gomes disse...

É verdade. Cada vez mais se vê falta de respeito e de educação em todo o lado independentemente de idades ou classes sociais. Fim do mundo :)