quinta-feira, 8 de outubro de 2009

"Abre a porta, oh pá!" (com sotaque à Valongo). É por ouvir pérolas como esta que eu gosto de andar de autocarro. É raro eu andar de autocarro. Primeiro porque tenho carro, segundo porque não tenho transportes públicos para o trabalho (até tenho, tenho é de apanhar dois e andar uns bons 15 minutos a pé), terceiro porque dispenso. Só ando de autocarro quando vou ao centro do Porto, porque é impossível andar lá de carro sem apanhar trânsito e porque é impossível estacionar. Mas não há nada melhor do que andar num antocarro numa boa hora de ponta e dar uma voltinha a pé pelo centro da cidade para reparar no estado da nação. A frase que referi acima foi dada por um jovem adolescente, de piercing na beiça e cabelos levados por uma rajada de vento que não conseguiram voltar ao sítio, ao motorista do autocarro quando este teve de parar no meio da rua ainda longe da paragem por causa de um carro mal estacionado. "Ainda por cima é surdo." Foi o segundo vómito que saiu daquela boca.
É com estas coisas que não consigo ficar indiferente à educação que se dá aos jovens hoje em dia. O que foi feito da boa estalada na tromba na hora certa? Onde foi parar aquela boa lamparina na boca quando sai asneira? E eu gostava de ver aquele piercing aos saltos. E o cinto? Não me digam que hoje em dia os paizinhos usam o cinto para segurar as calças! Já não se fazem pais como antigamente.

Sem comentários: