domingo, 13 de abril de 2008

New York, New York!


Três meses a cantar a música de Sinatra. Três meses a imaginar como seria realmente a cidade que nunca dorme. Três meses a observar melhor os filmes, as séries de tv e a espreitar guias de viagens para perceber em pouco tempo que Nova Iorque é tal e qual como nos filmes. Grande, luminosa, barulhenta, caótica, magnífica.

Depois de sete intermináveis horas de viagem, a entrada no país foi agradavelmente rápida. Com direito a impressão digital e foto de prisioneira, lá consegui passar com o queijo da serra e o chouriço para a família. Entrei no país com o preconceito que os americanos eram arrogantes, orgulhosos, convencidos. Saí do país com a certeza que são amáveis, agradáveis, bem dispostos. Fui bem recebida em todo o lado.

Manhattan é imensa, carregada de prédios, carregada de lojas, pessoas, trânsito, movimento. Em Times Square senti-me como se tivesse entrado num filme. Ver a Broadway, passear na 5ªavenida (só passear, "no shopping"), ver a estátua da Liberdade, provar os famosos hot dogs e os maravilhosos pretzels são essenciais a quem vai a Nova Iorque.



Subir ao Empire State Building é um filme. Centenas de turistas numa fila interminável que, curiosamente, flui rápido tal é a organização. A vista do 86º andar é imperdível. De noite é magnífica.

Inesperadamente gostei muito da estátua da Liberdade. Sobretudo o local onde se encontra, a vista que tem. É linda. O mesmo não posso dizer dos ferrys sujos e mal cheirosos que nos levam até lá.

O Central Park é refrescante. Não estava verde nem branco. Março não será a altura ideal para apreciar a beleza do parque, mas, mesmo com folhas caídas, cheira a verde. E é imenso. É saudável. Joga-se com bola (não futebol, mas basebol), corre-se, faz-se exercício, relaxa-se, procuram-se esquilos e adoptam-se bancos de jardim. Gostei da mescla de pessoas, do olhar indiferente. Do poder gritar sem ninguém reparar. Afinal ninguém nos conhece.

Passei inevitavelmente pelo local onde desabaram as torres gémeas, o Ground Zero. Andei de táxi, conduzido por um Mohamed, vi imensas limusines, embora não tenha visto ninguém famoso sair de nenhuma.



Sobrevoar Manhattan de helicóptero é impressionante. A dimensão vista de baixo para cima torna-se bem mais pequena vista de cima para baixo. No entanto dá-nos a noção da quantidade de prédios alinhados naquela ilha. Por mais que uma vez deu-me a sensação que aqueles prédios gigantes poderiam a qualquer momento afundar aquele bocado que terra que os seguram. Chinatown mete medo. É uma espécie de avenida da República cheia de lojas dos chineses. Não comprava lá nada. Nem aceitava de graça.
Atravessei a ponte de Brooklyn. Passei pelo bairro onde morava a Carrie, d'O Sexo e a Cidade, e mais abaixo pelo prédio onde mora Sarah Jessica Parker e uma série de actores conhecidos. Vi uma manifestação anti-Bush. Comi M&Ms, hot dogs e pretzels. Aproveitei ao máximo os sete dias e, concerteza que não vi uma décima parte do que há para ver naquela cidade. E é por isso que pretendo voltar.
Voltei com uma imagem diferente da América. E agora sempre que vejo um filme passado em Nova Iorque digo "estive ali, e ali, e ali".

1 comentário:

Soraia disse...

Welcome back :)
New York, New York! Been there, done that!